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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Bússola


Eu não quero um amor comportado, desses sem nenhum sobressalto, calmo como as noites sem vento.
Eu quero o arranque desses que não pedem licença
Invadem os compartimentos
E nos põe de quatro, babando feito um animal
Desses que a gente critica e que nos amedronta nas suas
possibilidades de felicidade blasé.
Eu quero Noites de vendaval.
Ah, eu quero o mistério
dessa lua, que trouxeram pra mim. Me deixa assim carne crua,
temperada de suores, temperaturas e sais.
Se ele muda como os eflúvios, não me importo com suas variações
E se lambo todos os seus sabores, ainda , que depois amargue, é variação. Enquanto isso, arquivo as conveniências e racionalidades.Sou instinto.Animalidade.Combustão.Entrega em domicílio ou no improvável.
A velocidade , às vezes, suprime um eu te amo careta.A única coincidência é quando acaba, que ainda que eu me perca, o amor ainda assim, é bússola.
(João Barboza)

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